Olá,
Vamos publicar os textos que vocês redigirão sobre as contribuições da disciplina, aqui , no nosso blog, para que ele se enriqueça ainda mais com ideias e proposições deste grupo.
Estou no aguardo! Vamos divulgar o que pensamos e defendemos como educação para o nosso tempo.
Um beijo
Caros alunos, sejam bem vindos! Este espaço foi criado para que possamos preenche-lo com o melhor de Nós em estudos, em interrogações, compartilhamentos de todo gênero, especialmente aqueles que dizem respeito a nossa disciplina do segundo semestre de 2017: FE 190 Escola para todos
domingo, 26 de novembro de 2017
sábado, 25 de novembro de 2017
Da hospitalidade em Babel
Ainda faz sentido dizer de ensinar e aprender? Se nossas palavras desmancham-se ao serem proferidas, ocas, esvaziadas e capturadas por forças agentes em nosso mundo pós-moderno? Ainda faz sentido dizer de ensinar e aprender? Do ensino como instalação de um signo, de um significado para o que se vê, para o que se sente, para o que podemos?
Os antagonismos e até a boa e velha dialética de outrora parecem não dar conta da realidade babélica, incomensurável, inominável - invisível diferença -, não mais dão conta da impossibilidade do diálogo e da tradução.
A educação vista como aquilo que deve conservar o passado e garantir o futuro apodrece à luz do dia. A ideia de eficiência que vem da idolatria do mercado ou as ditas lutas revolucionárias à buscar o emparedamento dos sujeitos em uma aclamada identidade, arrastam, arrasam, massacram, aprisionam. E a singularidade do sujeito é rebocada para sempre.
A filosofia da diferença quando age no campo da educação, quando age no fazer do professor, aponta mais para uma vida vivida junto que para um momento delimitada e mapeado de uma "aula". Aponta mais para um estar com e para o outro, aponta para um estar ao lado, aponta para um oferecer hospitaleiro que não pergunta quem chega. Pois os nomes são invenções.
Larrosa nos fala sobre habitantes de Babel, exilados de si mesmos por já não terem uma língua própria, por sentirem-se estranhos à própria língua. Ao combate da Babel, o autor nos aponta um pensamento antibabélico que deseja reconquistar o paraíso da igualdade, que olha para a diferença como algo a ser suplantada, algo a ser capturada, vê a Babel como resultado de nosso pecado e castigo, nossa culpa.
Entretanto, se olharmos a Babel como algo a ser corrigido, não a vemos, e passamos a viver para conservar o passado e garantir o futuro, abandonando o presente, o singular, a incomensurável e inapreensível diferença da pessoa, dos fatos, dos lugares, das horas do dia e de nosso pensamento.
Leitura: Habitantes de Babel
Os antagonismos e até a boa e velha dialética de outrora parecem não dar conta da realidade babélica, incomensurável, inominável - invisível diferença -, não mais dão conta da impossibilidade do diálogo e da tradução.
A educação vista como aquilo que deve conservar o passado e garantir o futuro apodrece à luz do dia. A ideia de eficiência que vem da idolatria do mercado ou as ditas lutas revolucionárias à buscar o emparedamento dos sujeitos em uma aclamada identidade, arrastam, arrasam, massacram, aprisionam. E a singularidade do sujeito é rebocada para sempre.
A filosofia da diferença quando age no campo da educação, quando age no fazer do professor, aponta mais para uma vida vivida junto que para um momento delimitada e mapeado de uma "aula". Aponta mais para um estar com e para o outro, aponta para um estar ao lado, aponta para um oferecer hospitaleiro que não pergunta quem chega. Pois os nomes são invenções.
Larrosa nos fala sobre habitantes de Babel, exilados de si mesmos por já não terem uma língua própria, por sentirem-se estranhos à própria língua. Ao combate da Babel, o autor nos aponta um pensamento antibabélico que deseja reconquistar o paraíso da igualdade, que olha para a diferença como algo a ser suplantada, algo a ser capturada, vê a Babel como resultado de nosso pecado e castigo, nossa culpa.
Entretanto, se olharmos a Babel como algo a ser corrigido, não a vemos, e passamos a viver para conservar o passado e garantir o futuro, abandonando o presente, o singular, a incomensurável e inapreensível diferença da pessoa, dos fatos, dos lugares, das horas do dia e de nosso pensamento.
Leitura: Habitantes de Babel
quinta-feira, 23 de novembro de 2017
Reuniào de encerramento
Caros alunxs,
No dia 06/12 vamos ler os textos que vocês escreverão sobre contribuições da disciplina para a fornaçao acadêmica de cada um . Teremos uma sessão de leitura e compartilhamento de ideias e de posicionamentos , propósitos de trabalho. Estou ansiosa por esse dia.
No dia 13/12 faremos o encerramento com uma avaliação compartilhada de nossa disciplina como um todo e muita festa!!!
Tudo combinado????
No dia 06/12 vamos ler os textos que vocês escreverão sobre contribuições da disciplina para a fornaçao acadêmica de cada um . Teremos uma sessão de leitura e compartilhamento de ideias e de posicionamentos , propósitos de trabalho. Estou ansiosa por esse dia.
No dia 13/12 faremos o encerramento com uma avaliação compartilhada de nossa disciplina como um todo e muita festa!!!
Tudo combinado????
Aula de 29/11 e apreciação da disciplina.
Olá,
No dia 29/11 vamos ter uma atividade prometida e proposta pelo Alexandre.
Vamos participar de uma oficina de tecnologia e de um sarau musical!
Assim sendo, não vou indicar uma leitura para esse dia, conforme combinado.
Aproveitem para escrever o texto que solicitei a todos sobre uma apreciaçào da
Disciplina: em uma página A4, fonte Times, espaço 1,5.
Um abraço a todxs!
No dia 29/11 vamos ter uma atividade prometida e proposta pelo Alexandre.
Vamos participar de uma oficina de tecnologia e de um sarau musical!
Assim sendo, não vou indicar uma leitura para esse dia, conforme combinado.
Aproveitem para escrever o texto que solicitei a todos sobre uma apreciaçào da
Disciplina: em uma página A4, fonte Times, espaço 1,5.
Um abraço a todxs!
quarta-feira, 22 de novembro de 2017
Encaminhamentos para as próximas aulas
Caras e caros,
Em nosso próximo encontro, trabalharemos um texto que a Profa. Mantoan vai nos enviar por aqui. Fiquem atentas/os.
Para a aula do dia 6/12, devemos trazer nossas reflexões sobre a disciplina. Pensando, a partir da ementa, quais são as principais contribuições que tiramos/trouxemos dos/aos nossos encontros.
No dia 13/12, faremos nossa festchênha de encerramento.
Abs!
Em nosso próximo encontro, trabalharemos um texto que a Profa. Mantoan vai nos enviar por aqui. Fiquem atentas/os.
Para a aula do dia 6/12, devemos trazer nossas reflexões sobre a disciplina. Pensando, a partir da ementa, quais são as principais contribuições que tiramos/trouxemos dos/aos nossos encontros.
No dia 13/12, faremos nossa festchênha de encerramento.
Abs!
Recomendação de filme. Sobre hospitalidade
Segue uma indicação de filme para quem está estudando sobre a hospitalidade:
"Un cuento Chino" (Um conto chinês)
No link abaixo, encontramos o filme na íntegra porém, sem legendas:
https://vimeo.com/28948321
quarta-feira, 8 de novembro de 2017
Indicação de Filme
domingo, 5 de novembro de 2017
Texto pra aula dia 8/11
Catas e Caros,
Como não deu tempo no último encontro, para próxima aula faremos a discussão do segundo capítulo do livro da Marinho!
Abs!
sexta-feira, 3 de novembro de 2017
Texto?
Boa noite, caros colegas!
Será que alguém pode me informar qual é a leitura para a próxima aula?
Como não pude comparecer, peço a ajuda de vocês.
Obrigada e abraço a todos.
Será que alguém pode me informar qual é a leitura para a próxima aula?
Como não pude comparecer, peço a ajuda de vocês.
Obrigada e abraço a todos.
quarta-feira, 1 de novembro de 2017
Vídeo Deleuze e a educação
Olá,
Compartilho o link do vídeo assistido na aula de hoje "Deleuze e a educação".
https://www.youtube.com/watch?v=9v6HrC17rVo&t=1644s
Compartilho o link do vídeo assistido na aula de hoje "Deleuze e a educação".
https://www.youtube.com/watch?v=9v6HrC17rVo&t=1644s
Indicação de Leitura
Caras e Caros,
A nossa conversa hoje me lembrou de um texto que li há alguns dias. Está em inglês.
O título, em tradução livre, é: "Conhece-te a ti mesmo" não é só uma dica boba: é ativamente perigosa.
Está disponível em: https://aeon.co/ideas/know-thyself-is-not-just-silly-advice-its-actively-dangerous
A nossa conversa hoje me lembrou de um texto que li há alguns dias. Está em inglês.
O título, em tradução livre, é: "Conhece-te a ti mesmo" não é só uma dica boba: é ativamente perigosa.
Está disponível em: https://aeon.co/ideas/know-thyself-is-not-just-silly-advice-its-actively-dangerous
Revisitando a Filosfia na Educação
"Se eu não for por mim, quem irá? E quando só penso em mim, quem sou? Se não for agora, quando" (Provérbio Judeu - Ética dos Pais). E a escola? Como concebemos hoje? Como a identificamos? Indubitavelmente a compreensão dos fenômenos sociais, dos processos de educação e da escola, requer o reconhecimento de elementos construídos em alicerces históricos e filosóficos. Todavia, ao revisitarmos o passado, devemos destacar de onde olhamos: do tempo presente! A relação entre educação e filosofia no Brasil pode ser analisada por intermédio de Anísio Teixeira, durante a década de 30, com a institucionalização da Filosofia da Educação, trazendo consigo os ditames da Escola Nova: "experiência, vida, democracia, autoatividade, liberdade, autoridade". A tradição especulativa filosófica, que também influenciava a educação, estava presente em Descartes e em Kant. Até o fim do século XIX o dualismo ensino prático/ensino teórico e científico-experimental norteavam a hierarquia de saberes na escola. Em seu livro "Pequena Introdução à Filosofia da Educação: a escola progressiva ou a transformação da Escola", o autor reflete sobre o período de transição da época, constituído de crises e inquietações que trazem transformações sociais e mudanças de valores, levando o homem, que é um animal de hábitos, a buscar culpados, que quase sempre, localiza nas escolas. Estas, segundo os conservadores, é quem seriam as responsáveis pela decadência dos valores, e, por isso era necessário reformá-las. A transformação da escola, acarreta na substituição do termo Escola Nova, por Escola Progressiva. A adjetivação "progressiva" é porque se destina a ser a escola de uma civilização em mudança permanente e porque, ela mesma como essa civilização, está trabalhada pelos instrumentos de uma ciência que ininterruptamente se refaz. Ao pensarmos a escola hoje, Saviani nos atenta para a necessidade de uma teoria crítica da educação: criticamente a escola como um instrumento capaz de contribuir para a superação do problema da marginalidade. Superando tanto o poder ilusório como a impotência colocando nas mãos dos educadores uma arma de luta capaz de permitir-lhes o exercício de um poder real, ainda que limitado.
A produção depende do encontro com o outro
Neste texto, Gallo nos diz que Deleuze propõe uma nova forma de fazer filosofia. Esse foi um dos pontos que mais me chamou atenção.
Filosofia é arte criadora e não reprodutora, ao passo que 'criar' depende de relação. Ninguém produz algo 'do nada'. A produção depende do nosso encontro com o outro. A cada produção, a cada fala, a cada modo de entender o mundo trazemos bagagens interpretativas em nosso olhar. Bagagens essas que foram, a vão pra sempre sendo, preenchidas por aquilo que apreendemos do nosso encontro com o outro.
É importante não confundir interpretação com reprodução (a escola faz isso, e muito). Não se trata de entrar em contato com o outro e reproduzir, mesmo que com nossas palavras, o que foi nos dito. É preciso interiorizar tal fato, questionar, digerir, argumentar e, a partir desse encontro, desse 'roubo' do outro, criar algo nosso, que foi baseado no outro mas é só nosso...e novo. E novo não no sentido estrito, pois nada é feito do zero. Ninguém produz do nada. A produção precisa de encontros e "encontros são roubos e roubos são sempre criativos" (Gallo, 2003). O resultado, então, desses encontros e roubos criativos é, sim, algo único.
Filosofia é arte criadora e não reprodutora, ao passo que 'criar' depende de relação. Ninguém produz algo 'do nada'. A produção depende do nosso encontro com o outro. A cada produção, a cada fala, a cada modo de entender o mundo trazemos bagagens interpretativas em nosso olhar. Bagagens essas que foram, a vão pra sempre sendo, preenchidas por aquilo que apreendemos do nosso encontro com o outro.
É importante não confundir interpretação com reprodução (a escola faz isso, e muito). Não se trata de entrar em contato com o outro e reproduzir, mesmo que com nossas palavras, o que foi nos dito. É preciso interiorizar tal fato, questionar, digerir, argumentar e, a partir desse encontro, desse 'roubo' do outro, criar algo nosso, que foi baseado no outro mas é só nosso...e novo. E novo não no sentido estrito, pois nada é feito do zero. Ninguém produz do nada. A produção precisa de encontros e "encontros são roubos e roubos são sempre criativos" (Gallo, 2003). O resultado, então, desses encontros e roubos criativos é, sim, algo único.
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