quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Revisitando a Filosfia na Educação

      "Se eu não for por mim, quem irá? E quando só penso em mim, quem sou? Se não for agora, quando" (Provérbio Judeu - Ética dos Pais). E a escola? Como concebemos hoje? Como a identificamos? Indubitavelmente a compreensão dos fenômenos sociais, dos processos de educação e da escola, requer o reconhecimento de elementos construídos em alicerces históricos e filosóficos.  Todavia, ao revisitarmos o passado, devemos destacar de onde olhamos: do tempo presente! A relação entre educação e filosofia no Brasil pode ser analisada por intermédio de Anísio Teixeira, durante a década de 30, com a institucionalização da Filosofia da Educação, trazendo consigo os ditames da Escola Nova: "experiência, vida, democracia, autoatividade, liberdade, autoridade". A tradição especulativa filosófica, que também influenciava a educação, estava presente em Descartes e em Kant. Até o fim do século XIX o dualismo ensino prático/ensino teórico e científico-experimental norteavam a hierarquia de saberes na escola. Em seu livro "Pequena Introdução à Filosofia da Educação: a escola progressiva ou a transformação da Escola", o autor reflete sobre o período de transição da época, constituído de crises e inquietações que trazem transformações sociais e mudanças de valores, levando o homem, que é um animal de hábitos, a buscar culpados, que quase sempre, localiza nas escolas. Estas, segundo os conservadores, é quem seriam as responsáveis pela decadência dos valores, e, por isso era necessário reformá-las. A transformação da escola, acarreta na substituição do termo Escola Nova, por Escola Progressiva. A adjetivação "progressiva" é porque se destina  a ser a escola de uma civilização em mudança permanente e porque, ela mesma como essa civilização, está trabalhada pelos instrumentos de uma ciência que ininterruptamente se refaz. Ao pensarmos a escola hoje, Saviani nos atenta para a necessidade de uma teoria crítica da educação: criticamente a escola como um instrumento capaz de contribuir para a superação do problema da marginalidade. Superando tanto o poder ilusório como a impotência colocando nas mãos dos educadores uma arma de luta capaz de permitir-lhes o exercício de um poder real, ainda que limitado.

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