Neste texto, Gallo nos diz que Deleuze propõe uma nova forma de fazer filosofia. Esse foi um dos pontos que mais me chamou atenção.
Filosofia é arte criadora e não reprodutora, ao passo que 'criar' depende de relação. Ninguém produz algo 'do nada'. A produção depende do nosso encontro com o outro. A cada produção, a cada fala, a cada modo de entender o mundo trazemos bagagens interpretativas em nosso olhar. Bagagens essas que foram, a vão pra sempre sendo, preenchidas por aquilo que apreendemos do nosso encontro com o outro.
É importante não confundir interpretação com reprodução (a escola faz isso, e muito). Não se trata de entrar em contato com o outro e reproduzir, mesmo que com nossas palavras, o que foi nos dito. É preciso interiorizar tal fato, questionar, digerir, argumentar e, a partir desse encontro, desse 'roubo' do outro, criar algo nosso, que foi baseado no outro mas é só nosso...e novo. E novo não no sentido estrito, pois nada é feito do zero. Ninguém produz do nada. A produção precisa de encontros e "encontros são roubos e roubos são sempre criativos" (Gallo, 2003). O resultado, então, desses encontros e roubos criativos é, sim, algo único.
Caros alunos, sejam bem vindos! Este espaço foi criado para que possamos preenche-lo com o melhor de Nós em estudos, em interrogações, compartilhamentos de todo gênero, especialmente aqueles que dizem respeito a nossa disciplina do segundo semestre de 2017: FE 190 Escola para todos
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