domingo, 1 de outubro de 2017

A crise da evolução

O autor Guttari nos alerta para a real compreensão de evolução social. Será que o desenvolvimento tecnológico relacionado à complexidade das máquinas e dispositivos modernos são mesmos exemplos de avanço para a humanidade? Será que o processo de estimulação do que autor chama de "Capitalismo Mundial Integrado" (CMI) é sinônimo de progresso. O questionamento do autor se apoia no fato do paradoxo entre o estímulo ao consumo para manter o sistema funcionando, sem se preocupar com os caminhos de deterioração ambiental do planeta e as ações do estado que percebem somente a degradação por meio da atividade industrial. O autor coloca uma lente de aumento e mostra que a vida social também se deteriorado lentamente. "As redes de parentesco são reduzidas a cada dia, a vida doméstica é suplantada pelo consumo da mídia, a convivência dos casais e das famílias vive uma espécie de padronização de comportamentos e as relações entre os vizinhos não tem expressão". Tal afirmação mostra como estamos virando seres sem autonomia e passíveis de manipulação por diversos caminhos, inclusive os praticados pela imposição midiática. Sendo assim, aquilo que é vendido como um avanço tecnológico, é, na verdade, um caminho inverso para a sua sustentabilidade e sempre da mesma forma mantendo o consumo desenfreado e os "clientes" sempre a postos para o sacrifício da aquisição do mesmo.

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