domingo, 1 de outubro de 2017

Necessidade da Reconstrução das Relações Humanas.


O autor inicia sua crítica em relação aos veículos de comunicação e rede social:

O antigo igualitarismo de fachada do mundo comunista dá lugar, assim, ao serialismo de mídia (mesmo ideal de status, mesmas modas, mesmo rock etc.)” p.11

Segue representando os jovens no mundo moderno com respeito à dominância e poder principalmente no quesito econômico, mas que isto não é capaz de prende a singularidade de cada um. Permitindo e é claro, existir na mesma sociedade que oprimi, criando para si uma falsa identidade como válvula de escape.

“A juventude, embora esmagada nas relações econômicas dominantes que lhe conferem um lugar cada vez mais precário, e mentalmente manipulada pela produção de subjetividade coletiva da mídia, nem por isso deixa de desenvolver suas próprias distâncias de singularização com relação à subjetividade normalizada. A esse respeito, o caráter transnacional da cultura rock é absolutamente significativo: ela desempenha o papel de uma espécie de culto iniciático que confere uma pseudoidentidade cultural a massas consideráveis de jovens, perrnitindo-lhes constituir um mínimo de Territórios existenciais.” (p.14)

Critica ainda Descartes que diz: “basta pensar para ser” – segundo Guattari, o ser é alguém antes mesmo da consciência, mas não descarta a necessidade do pensamento para ser livre e existir, sem nenhuma barreira. (p. 17)

Sobre a égide da ECOSOFIA, temos: A Ecologia Social, Mental e Ambiental (p. 23).

O autor exemplifica sua fala com dois tipos de aquários. O primeiro com água poluída, sem condições aparente de vida, mas com um tipo de polvo que vivia por ali e no segundo, água pura, sem poluentes. Guattari segue dizendo que quando coloca-se um ser vivo dentro da água suja, este enrugar-se e morre. (p. 25)

Parece estar comparando as teorias filosóficas e sociológicas da atualidade. Por analogia, espelha-se a um exemplo que ensino em Biologia sobre os anfíbios e o sua necessidade da temperatura ambiente para manter a sua corpórea, principalmente em águas dulcícolas. Por exemplo: se colocarmos um sapo em um balde metálico com água em fervura, este morrerá após desesperadamente após tentar por sua vida, agora, se colocarmos este animal em água fria, e paulatinamente for esquentando está água, mesmo que ela abra fervura, o anfíbio morrerá sem perceber o que lhe aconteceu – alta dependência da temperatura do meio que o cerca, animais ectotérmicos.



Assim, penso que exista uma necessidade tendenciosa desses referenciais sociológicos mas que este deva ser ponderado gradualmente para que suas próprias concepções não criem armadilhas metais e psíquicas ao ponto de não poder ou conseguir recorrer ao antigo porto seguro.


Quando cita a Ecologia Social, exemplifica autoridades que manipulam a sociedade atrás de interesse financeiro. O final desta distorção, seria o “desaparecimento das palavras, das frases, dos gestos de solidariedade humana” (p.27). Daí a necessidade da reconstrução das relações humanas  em todos os níveis, do socius. (p.33).

Nenhum comentário:

Postar um comentário