O autor inicia
sua crítica em relação aos veículos de comunicação e rede social:
“O antigo igualitarismo de
fachada do mundo comunista dá lugar, assim, ao serialismo de mídia (mesmo ideal
de status, mesmas modas, mesmo rock etc.)” p.11
Segue
representando os jovens no mundo moderno com respeito à dominância e poder principalmente no quesito econômico, mas que isto não é capaz de prende a singularidade de cada um. Permitindo e
é claro, existir na mesma sociedade que oprimi, criando para si uma falsa identidade
como válvula de escape.
“A juventude, embora esmagada nas relações
econômicas dominantes que lhe conferem um lugar cada vez mais precário, e
mentalmente manipulada pela produção de subjetividade coletiva da mídia, nem
por isso deixa de desenvolver suas próprias distâncias de singularização com
relação à subjetividade normalizada. A esse respeito, o caráter transnacional
da cultura rock é absolutamente significativo: ela desempenha o papel de uma
espécie de culto iniciático que confere uma pseudoidentidade cultural a massas
consideráveis de jovens, perrnitindo-lhes constituir um mínimo de Territórios
existenciais.” (p.14)
Critica ainda Descartes que diz: “basta
pensar para ser” – segundo Guattari, o ser é alguém antes mesmo da
consciência, mas não descarta a necessidade do pensamento para ser livre e
existir, sem nenhuma barreira. (p. 17)
Sobre a égide
da ECOSOFIA, temos: A Ecologia Social,
Mental e Ambiental (p. 23).
O autor exemplifica
sua fala com dois tipos de aquários. O primeiro com água poluída, sem condições
aparente de vida, mas com um tipo de polvo que vivia por ali e no segundo, água
pura, sem poluentes. Guattari segue dizendo que quando coloca-se um ser vivo
dentro da água suja, este enrugar-se e morre. (p. 25)
Parece estar
comparando as teorias filosóficas e sociológicas da atualidade. Por analogia, espelha-se
a um exemplo que ensino em Biologia sobre os anfíbios e o sua necessidade da
temperatura ambiente para manter a sua corpórea, principalmente em águas
dulcícolas. Por exemplo: se colocarmos um sapo em um balde metálico com água em
fervura, este morrerá após desesperadamente após tentar por sua vida, agora, se
colocarmos este animal em água fria, e paulatinamente for esquentando está
água, mesmo que ela abra fervura, o anfíbio morrerá sem perceber o que lhe
aconteceu – alta dependência da temperatura do meio que o cerca, animais
ectotérmicos.
Assim, penso
que exista uma necessidade tendenciosa desses referenciais sociológicos mas que
este deva ser ponderado gradualmente para que suas próprias concepções não criem
armadilhas metais e psíquicas ao ponto de não poder ou conseguir recorrer ao
antigo porto seguro.
Quando cita a
Ecologia Social, exemplifica autoridades que manipulam a sociedade atrás de
interesse financeiro. O final desta distorção, seria o “desaparecimento das palavras,
das frases, dos gestos de solidariedade humana” (p.27). Daí a necessidade da
reconstrução das relações humanas em
todos os níveis, do socius. (p.33).
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