domingo, 8 de outubro de 2017

Poesia e arte como obra de vida!



Após fazer a leitura do texto “A Vida como Obra de Arte”, estava vendo vídeos e comentários sobre o texto e abri um blog (http://estudosculturaisemeducacao.blogspot.com.br/2011/06/vida-como-obra-de-arte.html), e ao ler achei muito interessante a analogia que o autor “Jorge Bichuetti” fez do texto, por isso, quis compartilhar com vocês.






A VIDA COMO OBRA DE ARTE (Jorge Bichuetti)


O mundo e a vida andam cinzentos. Nublados... Fragmentados, passivos, racionais, seguimos... O vida tornou-se um pesado e exaustivo fardo... Robotizados, perdemos carisma, charme e alegria no viver e no existir...


A subjetividade capitalística extraiu a magia da existência... Somos homens em série e assépticos. Nesse contexto, Gandhi revoluciona, dizendo que "o segredo da arte de viver é transformar a vida numa obra de arte."


Viver, poeticamente...


Viver, performaticamente...


Viver devindo-se, no andar, no gesticular , no olhar, uma estrela bailarina...


Nietzsche afirma categórico que não vencemos nossos demônios íntimos senão com o riso, a dança e a música.


Santo Agostinho chega a afirmar que o céu não merece os que não sabem dançar...


A arte é mais do que distração, entreterimento, ilusão... É vida insurgente, virtualidade que se atualizada transforma o ser humano e o socius.


Ela nos abre os portais do devir e do porvir... Vide as lições do surrealismo.


Por exemplo, a poesia...


A poesia desnuda as tramas do ontem, as potências do hoje e é um clarão e clareira no espaço do porvir que nela germina e alvorece no entre a profecia e a gravidez...


A poesia desnuda


profetiza


engravida


é germinação


florescência


devir...


Ela é alucinógena, amplifica a consciência e percute o inconsciente produtivo que denuncia as devastações sociais do agora e anuncia uma nova suavidade, a justiça social e a sociabilidade solidária.


Era a cachaça de Drummond...


O ser humano é ser capaz de se fazer, desfazer-se e refazer-se.


Podemos ousar viver artisticamente.


Não se trata de produzir arte ou se enamorar das artes; trata-se de agir, pensar, vincular-se, intervir, amar, con-viver, transformando nossa própria vida numa obra de arte.


Deixar a arte penetrar e inundar a nossa pele.


Dizer palavras de amor na melodia suave de Schumann; narrar nossa dor e lamento no compasso de um jazz; guerrear no ritmo dos tambores africanos; enamorar-se na ternura de Cartola...


Viver artisticamente...


Desfazer o cinzento e colorir nossos passos no caminho: com a vivacidade da aurora que está em Yara Tupinambá, Di, Tarsila de Amaral...


Podemos mudar e nos refazer...




E refazer-se como arte é bailar no cotidiano, voar na luta e devir-se suavidade, vitalidade, poesia e dança, uma pintura visceral... Um parir-se na arte-manha do existir inventivo e inovador, poético e belo...






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