No texto “As Três Ecologias", Guattari questiona
que a degradação do meio ambiente e as doenças incuráveis que ameaçam a vida no
Planeta Terra e paralelamente ao desenvolvimento técnico-científico que cada
vez mais substitui o homem.
A Revolução Industrial tornou as organizações
maiores e mais complexas, trazendo consigo avanço tecnológico e uma visão
focada para a lucratividade e produtividade, onde homens já não identificam-se
com o produto de seu trabalho. Cada vez mais percebemos em nossos lares e local
de trabalho, as amarras da tecnologia bitolando fortemente o ser humano,
individualizando-o, dificultando seu contato e relacionamento com os demais,
mutilando indiretamente a criatividade, a imaginação, a percepção e a
espontaneidade. Uma grande parte de nossas vidas é gasta nos domínios da
conformidade; estamos sujeitos à considerável manipulação e ajustamento, e é
bem possível que muitas das escolhas que nos estão abertas, são mais aparentes
do que reais. O homem vai deixando de lado sua capacidade criadora para
tornar-se a “engrenagem de uma máquina”. A experiência do homem urbano,
“metropolizado”, funde-se com a tecnologia moderna. Mudanças na estrutura
urbana, na arquitetura, nos meios de comunicação e no transporte de uma sociedade
midiática correspondem à nova estrutura da vida. Parece que o ritmo das
máquinas impõe um novo ritmo e um novo tempo para o ser humano.
Dessa maneira, é preciso pensar de modo coerente
frente a essas mudanças no Planeta, buscar meios para que homem/natureza vivam
em harmonia e equilíbrio. Nesse sentido, há relação do subjetivismo com sua
exterioridade, corpo e mente na luta em busca de soluções.
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