terça-feira, 12 de setembro de 2017

Sobre a formação do professor, sobre ser professor.

O texto da professora Ana Maria Camargo, proposto para discussão na aula de amanhã, me possibilitou pensar sobre a nossa formação (docente) e sobre o que é ser professor e tempos de mudanças (urgentes) na educação. Ao trabalhar com os professores do grupo que orientei nos últimos dois anos, pude perceber como, muitas vezes, justificamos a nossa falta de autonomia, nossa indiferença com questões tão sérias (como a inclusão de todos os alunos) etc, mostrando as falhas de nossa formação. A formação docente, seja ela inicial ou continuada (em serviço ou não) tem um importante papel para o desenvolvimento de nosso fazer em sala de aula, no entanto, não podemos justificar que está nela as razões pelas quais não lutamos para que aquilo que queremos seja efetivamente posto em prática. Adorei a parte do texto em que a professora Ana Maria Camargo afirma que a autonomia não está fora de nós, pois ela é o governo de si. Se pensarmos num devir-professor, que não está preso na formação que recebeu, nas macropolíticas educacionais, no que "tem que ser" ensinado ou aprendido, teremos mais chances de transformar nossas aulas em ricas experiências de aprendizado, tanto para os alunos como para nós! É realmente um processo de reinvenção das tradições recebidas, de subtrair as transcendências, arquitetar um plano  de imanência que permite o pensamento (nômade), o aprendizado (criação), o reconhecimento de quem somos e não a busca pelo o que somos. Nem tudo depende da formação!

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