segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Aprender a aprender

Na leitura da lição não se busca o que o texto sabe, mas o que o texto pensa. Ou seja, o que o texto leva a pensar. Por isso, depois da leitura, o importante não é que nós saibamos do texto o que nós pensamos do texto, mas o que — com o texto, contra o texto ou a partir do texto — nós sejamos capazes de pensar.
Outro dia fizemos uma lousa com termos que são usados em nossos meios e que, tudo considerado, pouco ou nada dizem. A leitura desta semana me lembrou de um que passou batido em nosso encontro: aprender a aprender.
Quantas não são as escolas que dizem estarem pautadas no aprender a aprender e que, após uma imposição/sugestão de leitura, fazem exatamente o oposto do proposto no trecho do texto que citei acima? Quantas vezes não tivemos que ler para, apenas e tão somente, reproduzir o que estava escrito, e nas palavras exatas do autor?
Afinal, é possível aprender a aprender quando não se pode nem mesmo pensar criticamente sobre o que é oferece em sala de aula?

Um comentário:

  1. Suas considerações são muito pertinentes, me fizeram refletir e destacar que propor meios para exposição daquilo que pensamos pode ser muitas vezes perigoso, então é mais fácil restringir os pensamentos fazendo os “sujeitos” acreditarem que não poderão contribuir ou mesmo questionar, apenas aceitar pacificamente o que fora imposto. É uma forma “planejada” de disciplinar para a não resistência.

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