domingo, 27 de agosto de 2017

Em busca de alternativas

     Sabemos que nossa Educação Infantil tem se caracterizado como o lugar da pré-escola, de preparo para a escola. Mesmo com documentos oficiais buscando sua especificidade, as práticas nas instituições são muitas vezes voltadas para a leitura, a escrita e a matemática, linguagens privilegiadas nas escolas de ensino fundamental. Quais devem ser as experiências vivenciadas nessa fase da vida? Como o autor propõem, qual a alternativa à escola ou à criança inserida no mundo do trabalho? Será que no devir-criança encontramos uma possibilidade de pensar o ser criança em nossa sociedade de uma nova maneira?  “O mesmo ocorre com o artista criador: ele não se torna criança, mas compartilha sua vizinhança, intercâmbio entre-os-dois, em que o artista fornece-lhe o que ela ainda, não tem a capacidade de dar forma à experiência -, enquanto ele recebe da criança o que deixou de ter, a franqueza de um olhar não obstruído pelos clichês.” (Schérer, 2009, p.207-208). Talvez nós, educadores, possamos buscar nesse olhar desobstruído percursos que ainda não despontaram em nosso horizonte em relação à educação das próprias crianças – para além da repressão, da homogeneização, da ausência de diálogos e de escutas verdadeiras.

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