domingo, 29 de outubro de 2017

História Construtivista para Mudança de Paradigmas

Lendo a obra de Silvio Gallo, fui tocado pela biografia de Gilles Deleuze, principalmente sobre suas viagens e comportamento diante das raras palestras: “O que sei, eu o sei apenas para as necessidades de um trabalho atual, e se volto ao tema vários anos depois, preciso reaprender tudo” (p. 17) – Me vejo dentro dessa ideia. Considero fundamental o aprender ensinando, no meu caso, revisitando os mesmo conteúdos todos os anos.
Conhecer esta biografia e as obras que estudamos foi possível pela abertura e oportunidade dada pela Profª Dra. Maria Teresa. Poderia dizer, sem demagogia, que as aulas têm proporcionado um contato semanal com colegas preciosos, além, uma construção ambígua de ideias que convergem na estruturação do exercício do pensamento, que pode ser parecida, no futuro, a de Michel Foucault e Gilles Deleuze - “A amizade com Foucault começa por uma afinidade filosófica: o interesse por Nietzsche; os dois seriam os responsáveis pela edição crítica das obras completas do filósofo alemão em francês, entre 1966 e 1967. Essa amizade filosófica manifesta-se numa série de artigos: Foucault comenta Deleuze; Deleuze comenta Foucault” (p. 19).

                Essa associação de ideias leva a uma nova filosofia. Poder falar, pensar, discutir, escrever de forma inteligente seus ideais e pensamentos, promove não só o crescimento pessoal mas a diversidade intelectual argumentativa dos companheiros de jornada. Isso trouxe para a filosofia contemporânea, outra realidade da época. Esta traça caminhos a partir  de Nietzsche, como Deleuze, Foucault, Lyotard, Derrida. Para esses, a filosofia era produzida a partir da história dela, sem um destino exclusivo “ponto de chegada”: A história da filosofia deve não redizer o que disse um filósofo, mas dizer o que ele necessariamente subentendia, o que ele não dizia e que, no entanto, está presente naquilo que diz (p. 29).

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