No
inicio da disciplina deste semestre, deparei perguntando a mim mesmo - o que significa
ensinar? São 10 anos carregado de práticas ditas pedagógicas, algumas assertivas
no olhar prévio, outras, nem tanto. Teorias filosóficas no exercício do
pensamento proporcionou uma nova perspectiva na indagação, a reflexão. Uma palavra
chave para pensar o que seria esse ensino e também o que estou ensinando. Um
novo olhar, mesmo que arisco aos novos conceitos e teorias, foi o suficiente para
provocar esta abertura, e com ela, enxergar novos horizontes, caminhos
possíveis. Foi incrível poder sair das aulas na quarta feira e chegar a escola
na reunião de trabalho pedagógico coletivo (ATPC) e ali poder contribuir de alguma
forma, mesmo sabendo que na profissão docente novidades são sinônimos de medo
do desconhecido.
Alunos
inseridos em um ambiente que não acolhe. Currículo posto para atender a demanda
política e numérica de classificação. Colonialismo “pedagógico”. Escola no
pensamento excludente. Estes entre outros problemas que foram discutidos no
Leped trouxe a oportunidade de revisitar velhos conceitos à prática
contemporânea.
Conhecer
o laboratório foi enriquecedor. Saber que tudo que é circunstancial, local,
enfraquece e tira o direito daquele que luta pela diferença. Conhecer um pouco do
AEE e saber que ele trabalha com as barreiras. Sobre a Política Nacional de
Pessoa com Deficiência, fica a briga em saber que toda criança é diferente, e
não ter que inserir uma criança diferente na escola.
Oportunidades de estudar e conhecer
os trabalhos teóricos de autores tão importantes na educação, como Macedo
(2006) e a “falsa intenção motivadora, no
discurso da educação especial inclusiva” na verdade excludente. Ou sobre os
“corpos humanos, animados, inanimados,
institucionais, linguísticos” de Tadeu (2002). E as “visibilidades” de
Deleuze (2010). Conceitos que põem em cheque aqueles que trabalham muito na sua
experiência e não exercita a reflexão desses pontos teóricos importantes e
alusivos à própria prática.
Pra encerrar, volto à pergunta
inicial. Talvez o significado de ensinar seja refletir de forma individual e personalíssimo,
o que cada um dos alunos tem a oferecer, e assim, prover um espaço para que esse
conhecimento se dissipe de forma contagiante para uma boa construção de
aprendizagem. Ou até mesmo, estando errado, mudar minha opinião e não achar uma
resposta concreta à essa dúvida, até porque, nos construímos e descontruíamos ao
longo dos anos.
Só tenho a agradecer pela
oportunidade de crescimento profissional e pessoal na disciplina “Escola para
Todos” através da professora querida Maria Tereza Mantoan e dos meus nobres colegas.
Muito Obrigado a Todos!
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